segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL ELOGIA OBAMA POR "ERA DE TRANSPARÊNCIA"

Na semana que ficará marcada na história dos norte-americanos, Barack Obama prometeu que a sua administração será marcada por "transparência e honestidade".
Para a organização Transparência Internacional, a iniciativa do novo presidente dos Estados Unidos, em impor fortes restrições à corrupção e aumentar o acesso do público à informação, é louvável.
“Isso vão ajudar a assegurar uma maior responsabilização e recuperar a confiança.
Os Estados Unidos são uma liderança fundamental para promover a punição e reduzir a corrupção como um obstáculo ao desenvolvimento econômico e a redução da pobreza no mundo”, diz a organização.
Barack Obama anunciou ampla divulgação de informações e disse que o governo vai se pronunciar até quando não tiver respostas a dar para a população. "A liberdade de informação é a principal arma para fazer uma administração honesta e transparente.
A era dos segredos em Washington está terminada. Vamos tentar chegar a um novo nível de abertura em termos de informação", disse Obama.
“O incentivo mais forte e mais estável pode quebrar o ciclo vicioso de corrupção e pobreza”, garante a Transparência Internacional.
De acordo com a organização, a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção prevê um importante projeto para alcançar estes objetivos e os Estados Unidos são um suporte para a fiscalização eficaz e deverão contribuir para garantir que o governo “realmente cumpra os seus compromissos de verdadeiramente servir o seu povo”.
“Falta de transparência contribui para a atual crise financeira nos Estados Unidos e em todo o mundo.
O presidente Obama tem, repetidamente, reconhecido a importância da transparência financeira e comprometeu em aumentá-la na recuperação do pacote econômica”, disse a TI.
Em seu discurso, Obama acrescentou que alguns funcionários da Casa Branca terão seus salários congelados porque "todos precisam se sacrificar em meio à crise" e revelou que está orgulhoso com o trabalho que a sua equipe tem feito. "Temos uma excelente oportunidade de mudar os Estados Unidos", afirmou.

Além disso, Obama aprovou ainda o que considera ser “os mais rígidos limites de qualquer administração” para a atividade de lobby em Washington. Os funcionários públicos que forem trabalhar para grupos de pressão privados não poderão fazer lobby na Casa Branca, garantiu o novo presidente. Os tradicionais presentes lobistas aos membros da administração também serão suspensos, anunciou Obama.
Ao contrário do Brasil, nos EUA o lobby existe formalmente desde 1946. Em 1995, a atividade foi regulamentada, com regras claras sobre como empresas e lobistas devem proceder. Para ser lobista por lá, é exigido o registro da empresa de lobby, com endereço e telefone, o registro de cada cliente, com endereço, telefone e atividade, o nome dos lobistas que atuarão entre os parlamentares, as principais áreas de interesse das empresas que contratam o lobby e o nome de outras empresas que possam estar ligadas ao cliente. De acordo com a TI, no âmbito internacional, os Estados Unidos foram pioneiros, ainda em 1977, em restringir o suborno a funcionários públicos estrangeiros. O país “é um modelo para todos os principais países exportadores”, segundo a organização.
Milton Júnior
Do Contas Abertas

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