sábado, 4 de julho de 2009

folha 28/06/2009 - pouco a comemorar

Assunto: texto saneamentoEnviada: 28/06/2009 13:28
Editoriaiseditoriais@uol.com.br
Pouco a comemorar
A APROVAÇÃO , há dois anos, da Lei do Saneamento ainda não bastou para criar ambiente favorável à entrada do setor privado na distribuição de água e coleta de esgoto. Os negócios permanecem travados por disputas políticas, ações judiciais e entraves burocráticos.Segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Água e Esgoto (Abcon), em reportagem do "Valor", houve uma única operação nos seis primeiros meses de 2009. No total, apenas 203 municípios, com uma população estimada em 13,9 milhões, efetuaram contratos privados de concessão para a oferta de serviços de saneamento. Uma empresa estrangeira já abandonou o mercado e vendeu suas concessões, diante da dificuldade de os negócios avançarem.Tampouco o setor público consegue viabilizar a expansão das redes de água e esgoto. A maior parte dos municípios e companhias estaduais não tem capacidade financeira ou técnica (para elaboração de projetos, por exemplo) nem para ca ptar as linhas de crédito oferecidas pelo governo federal.Diante das dificuldades gerenciais e de recursos, a participação da iniciativa privada é imprescindível. As prefeituras precisam municiar-se tecnicamente e adotar os modelos de organização permitidos pela nova legislação, como as Parcerias Público-Privadas, a fim de enfrentar essas deficiências. Todos os municípios estão obrigados a dispor, até no máximo o ano que vem, de um plano de saneamento básico.O aprimoramento significativo na gestão das empresas públicas (metas de qualidade, contenção de desperdícios, tarifas adequadas) e uma reorganização dos estoques de dívidas também são cruciais para permitir a retomada dos investimentos. Estes gastos melhoram as condições de vida da população e poupam recursos na saúde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário