quinta-feira, 25 de junho de 2009

DEPUTADOS PAULISTAS APROVAM LEI QUE ANISTIA OS INVASORES DOS MANANCIAIS

25 de Junho de 2009

Invasões na Represa Billings - by Leticia - Blog Flanela Paulistana
Ocupação ilegal na Represa Guarapiranga - foto Márcio FernandesProjeto regulariza 200 mil imóveis às margens da BillingsSegundo ambientalistas, "anistia" beneficia invasões e habitações precárias; lei aguarda sanção do governador "Muita gente que conseguir a escritura poderá vender o imóvel e ocupar um novo lote em regiões ainda mais para dentro das zonas de proteção", critica Carlos Bocuhy, integrante do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).Eduardo ReinaA Lei Específica de Proteção da Represa Billings, que abastece 1,6 milhão de pessoas na Grande São Paulo, regulariza a posse em mais de 200 mil imóveis localizados às margens do manancial, onde aproximadamente 1 milhão de pessoas moram. Isso inclui áreas de invasões e muitas habitações precárias às margens da represa, que colocam em risco a vida dos habitantes e do próprio manancial. O texto, aprovado na Assembleia Legislativa, aguarda sanção do governador José Serra, o que deve ocorrer nas próximas semanas, segundo a Secretaria da Casa Civil. Com a publicação, as normas entrarão em vigor em seis meses.Pelo projeto, as prefeituras de São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra deverão adaptar os Planos Diretores aos novos parâmetros de regularização fundiária. Também são os prefeitos quem deverão propor as compensações ambientais para ocupação, que deixam de ser de responsabilidade do dono das terras. Há anos é desenvolvido esforço para evitar maior desmatamento na região e evitar que o esgoto seja despejado in natura na Billings.O texto aprovado pelos deputados estaduais dá uma "anistia" para ocupações irregulares. Ganhará a escritura o morador de imóveis que tenham área inferior a 125 m². No entanto, por ser uma definição que não constava do texto original do Executivo, essa medida pode sofrer modificações. Por outro lado, determina-se a remoção de moradores instalados nas chamadas áreas de primeira categoria. São casas erguidas nas Áreas de Recuperação Ambiental 1 (ARA-1), cujas características não possam estar contidas em Programas de Recuperação de Interesse Social (Pris).A nova orientação para a ocupação imobiliária nas margens da represa, porém, preocupa os ambientalistas. Acredita-se que crescerá a especulação imobiliária, com a regularização dos lotes ocupados há mais de 30 anos, além de agravar a situação do reservatório. "Muita gente que conseguir a escritura poderá vender o imóvel e ocupar um novo lote em regiões ainda mais para dentro das zonas de proteção", critica Carlos Bocuhy, integrante do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).Conforme ele, o adensamento populacional na região chega a 4 mil pessoas por km², índice similar a de muitos bairros da área expandida da capital. "Essa lei é um grande projeto de regularização fundiária. Não se pensou na sustentabilidade da Billings", afirma.O deputado estadual Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo, discorda do ambientalista e alega que novas ocupações podem ocorrer apenas até a sanção da lei. "Depois, a legislação será mais dura. Vai ficar difícil fazer novas invasões. A regularização dos lotes está atrelada a compensações ambientais, como criação de áreas verdes. As invasões receberão um freio e também será definida a prioridade no uso das águas do reservatório."* COMENTÁRIOSVamos invadirQua, 24/06/09 22:12 , pliniosan@estadao.com.brTodos que trabalham e lutam para ter a casa própria, devem invadir assim como fazem o MST, e esses nas margens da Billings e Guarapiranga, pois logo vem um caçador de votos no caso o dep. Orlando Morando , tentar legalizar mais uma invasão. E eu que pensei que era só o PT que fazia isso. Estamos perdidos.Ilegalidade JáQua, 24/06/09 22:06 , pliniosan@estadao.com.brEsses deputados estaduais que aprovaram essa lei de anistia aos invasores, buscam somente os votos desses invasores, prejudicando toda a população de São Paulo, pois esses invasores jogam detritos diretamente no manancial e poluem as margens da represa que serve de abastecimento de agua a população paulista. Precisamos saber os nomes desses imbecis e divulgar amplamente para que todos conheçam esses crápulas.
Asneira
Qua, 24/06/09 16:59 newt, newt@estadao.com.br
Sempre a mesma história em toda "anistia" de ilegalidade: dizem que a lei vai "endurecer" depois e nada. Marta Suplicy já tinha vindo com a mesma nojenta idéia de premiar a ilegalidade. Vá a merda.
Ilegalidade
Qua, 24/06/09 13:26 lupas, lupas@estadao.com.br
É muito mais fácil legalizar o ilegal e o imoral do que adotar medidas corretas de proteção ao ambiente. Querem plantar árvores no estado inteiro mas não olham para o lixo produzido por favelas que poluem córregos e a represa. Tudo para que meia dúzia continue no poder com os votos de quem não tem competência nem para dirigir a própria vida quanto mais para decidir os destinos ds cidades, estados e nação.
Aqui, o crime compensa
Qua, 24/06/09 13:24 crowcrow, crowcrow@estadao.com.br
Não muda nada nesse país, nunca. Demorei 40 anos para comprar minha casa e até hoje estou pagando. Devia ter invadido qualquer area, na maioria das vezes privilegiada, como às margens da represa, e depois o governo ainda teria que me pagar se quisesse me tirar de lá, pagar é lógico, com o dinheiro dos trouxas que pagam impostos. Já cansei de falar, CALOTE GERAL JÁ, quero ver como esses politicos vão fazer cortesias com o dinheiro alheio. Pena que o povo brasileiro seja tão passivo, pra não dizer outra coisa.
Todos pagaremos
Qua, 24/06/09 11:57 eltreis, eltreis@estadao.com.br
Pagaremos um alto custo pelo tratamento de água, além do custo ambiental pela destruição sistemática do que deveria ser um verdadeiro santuário no entorno da região metropolitana. Os municípios do que margeiam a represa (sem exceções) têm tido uma relação predatória há muito com toda a área e o sancionamento desta lei apenas regulariza esta falta de responsabilidade do poder público. Será mesmo que o governador vai sancionar esta lei?
Lamentável
Qua, 24/06/09 07:53 marcio.paula, marcio.paula@estadao.com.br
Ao contrário do que muito podem pensar, os governos, tanto daqui, de São Bernardo do Campo, como o estadual (desde a gestão Covas), não estão nem aí para a questão ambiental, na Billings. Há mais de 25 anos esses problemas são debatidos aqui e denunciados pelo Diário do Grande ABC, mas nenhuma atitude concreta foi tomada. Os políticos fazer política eleitoral e todas as pessoas que invadem essas áreas são nordestinos que rapidamente se instalam nesses locais e, um pouquinho mais de tempo, se transformam numa verdadeira legião. Aí, fica difícil para o poder público agir. É mais fácil urbanizar a área e ganhar os votos. Ou não? Fonte: ESTADÃO DE HOJE - METRÓPOLE (24/06/2009)

domingo, 21 de junho de 2009

domingo, 14 de junho de 2009

Um texto que todos educadores deveriam ler

PAULO FREIRE: A LEITURA DO MUNDOFrei Betto“Pedro viu a uva”, ensinava os manuais de alfabetização. Mas o professor Paulo Freire, com seu método de alfabetizar conscientizando, fez adultos e crianças, no Brasil e na Guiné-Bissau na Índia e na Nicarágua, descobrirem que Pedro não viu apenas com os olhos. Viu também com a mente e se perguntou se uva é natureza ou cultura.Pedro viu que a fruta não resulta do trabalho humano. É criação, é natureza. Paulo Freire ensinou a Pedro que semear uva é ação humana na e sobre a natureza. É a mão, multiferramenta, despertando as potencialidades do fruto. Assim como o próprio ser humano foi semeado pela natureza em anos e anos de evolução do Cosmo.Colher a uva, esmagá-la e transformá-la em vinho é cultura, assinalou Paulo Freire. O trabalho humaniza a natureza e, ao realizá-lo o homem e a mulher se humanizam. Trabalho que instaura o nó de relações, a vida social. Graças ao professor, que iniciou sua pedagogia revolucionária com operários do SESI de Pernambuco, Pedro viu também que a uva é colhida por bóias-frias, que ganham pouco, e comercializada por atravessadores, que ganham melhor.Pedro aprendeu com Paulo que, mesmo sem ainda saber ler, ele não é uma pessoa ignorante. Antes de aprender as letras, Pedro sabia erguer uma casa, tijolo a tijolo. O médico, o advogado e o dentista, com todo seu estudo, não era capaz de construir como Pedro. Paulo Freire ensinou a Pedro que não existe ninguém mais culto do que o outro, existem culturas paralelas, distintas, que se completam na vida socialPedro viu a uva e Paulo Freire mostrou-lhe os cachos, a parreira, a plantação inteira. Ensinou a Pedro que a leitura de um texto é tanto melhor compreendida quanto mais se insere o texto no contexto do autor e do leitor. É dessa relação dialógica entre texto e contexto que Pedro extrai o pretexto para agir. No início e no fim do aprendizado é a práxis de Pedro que importa. Práxis-teoria-práxis, num processo indutivo que torna o educando sujeito histórico.Pedro viu a uva e não viu a ave que, de cima, enxerga a parreira e não vê a uva. O que Pedro vê é diferente do que vê a ave. Assim, Pulo Freire ensinou a Pedro um princípio fundamental da epistemologia: a cabeça pensa onde os pés pisam. O mundo desigual pode ser lido pela ótica do opressor e pela ótica do oprimido. Resulta uma leitura tão diferente uma da outra entre a visão de Ptolomeu, ao observar o sistema solar com os pés na terra e a de Copérnico ao imaginar-se com os pés no Sol.Agora Pedro vê a uva, a parreira e todas as relações sociais que fazem do fruto festa no cálice de vinho, mas já não vê Paulo Freire, que mergulhou no amor na manhã de 2 de maio. Deixa-nos uma obra inestimável e um testemunho admirável de Competência e coerência.Paulo deveria estar em Cuba, onde receberia o título de Doutor Honoris Causa, da Universidade de Havana. Ao sentir dolorido seu coração que tanto amou, pediu que eu fosse representá-lo. De passagem marcada para Israel, não foi possível atendê-lo. Contudo, antes de embarcar, fui rezar com Nita, sua mulher e os filhos, em torno de seu semblante tranqüilo: Paulo via Deus.Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Paulo Freire, de Essa escola chamada vida (Ática).
Postado por ANA SANTOS às 15:29 0 comentários Links para esta postagem

SABESP LANÇA O RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008

13 de Junho de 2009

Lançamento do Relatório de Sustentabilidade da SABESPO lançamento do Relatório de Sustentabilidade 2008, que traz um retrato da companhia nos aspectos econômico, social e ambiental no ano passado, ocorreu na manhã de 5/6, durante a 17ª Audiência de Sustentabilidade, realizada no auditório Tauzer Quinderé (Pudim). O evento, que marcou a comemoração da empresa do Dia Mundial do Meio Ambiente, foi iniciado com um vídeo sobre o trabalho da Sabesp, seus principais programas e metas. O vídeo também explicou o objetivo do relatório.Acesse a versão virtual do relatório 2008
Presidente Gesner de Oliveira
“Queremos debater sobre o relatório de 2008, mas pensando no do próximo ano. A intenção é tornar a sua elaboração ainda mais participativa e discutir com a sociedade”, afirmou o presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, durante a sua palestra de abertura do evento, que teve como título “Universalização do Saneamento Rumo à Construção da Sustentabilidade”.
Em seguida, o presidente ressaltou três pontos: que “a Sabesp é uma empresa pública com critérios de eficiência e afinada com os desafios do saneamento”; “o novo marco regulatório do saneamento no Brasil traz desafios e oportunidades”; e, por fim, tratou das prioridades da universalização dos serviços e da proteção do meio ambiente.
”A universalização dos serviços é a grande meta da Sabesp. Depois de muito trabalho já conseguimos a universalização da água. Agora, vamos buscar o mesmo com a coleta e o tratamento de esgoto”, afirmou Gesner.O presidente da Sabesp também destacou os 112 municípios de São Paulo atendidos pela empresa que já atingiram os “300%” da universalização (100% de distribuição de água, coleta e de tratamento de esgoto). Também destacou os contínuos esforços para a redução de perdas d´água e o novo foco da companhia como uma empresa de soluções ambientais, exemplificada em programas como o Pura e Água de Reuso. VEJA MAIS
SOS Rios do Brasil participou
O Prof. Jarmuth Andrade, representando o Instituto SOS Rios do Brasil participou do concorrido evento do lançamento do Relatório de Sustentabilidade 2008 da SABESP, ocasião que pode cumprimentar o Presidente Gesner Oliveira pelo trabalho daquela empresa, no novo marco regulatório do saneamento no Brasil.
Também fez contatos de grande importância com o Assessor de Meio Ambiente Marcelo Morgado e Maria Aparecida Margarido, da Responsabiliade Socioambiental da SABESP. Na ocasião pode também contatar Malu Ribeiro, da Rede das Águas da ONG SOS Mata Atlântica, o jornalista e âncora do Jornal da CBN, Heródoto Barbeiro, o jovem Presidente da Associação Amigos de Taiaçupeba, Aurélio Camilo, a Vereadora Renata Paiva, de São José dos Campos, que realizam importantes trabalhos em defesas de suas bacias hidrográficas, entre outras personalidades.
INSTITUTO SOS RIOS DO BRASILDivulgando, Promovendo e Valorizando quem defende as águas brasileiras!ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
Postado por Prof. Jarmuth às 10:30 PM 0 comentários